10 Comentários

a gente ate quer negar.... mas somos iguaizinhos a eles hehehe depois de saber disso, como começar a ser nos mesmos?! essa e a grande descoberta ~ adorei o texto

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Por aqui o meu caminho tem sido: terapia, terapia e terapia! Beijos! :)

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Jun 9, 2023Gostado por Tatiane Pinheiro Silva

Tati, lendo sua reflexão ocorreu o inevitável: olhar para dentro. Meu pai é movido pelo trabalho, do tipo que é definido pela vida profissional, que mesmo depois de 15 anos aposentado, ainda adora contar histórias da vida profissional.

Minha mãe é do tipo bom vivant, cresceu no interior do Brasil e aproveita a vida num ritmo que meu pai, paulistano, não compreende muito bem.

Eu, bem... Eu puxei meu pai, o que me faz ser uma pessoa que mistura quem é com o trabalho, mas tenho traços fortíssimos da minha mãe: enquanto não estou trabalhando, me distraio fortemente, consigo me desligar e ver beleza em tudo que não é profissional.

Mas não é bem pra contar isso que eu escrevo essa resposta, mas para falar sobre as perguntas que você cita no texto:

Eu, há alguns anos atrás, no alto dos meus 25 anos, estava construindo um respeitável acervo de coisas materiais e imateriais: apartamento, carro, guarda-roupa recheado de peças que traduziam meu estilo, amigos muito próximo, relacionamento, carreira. Tinha certeza de que tudo valia a pena, estava nos trilhos, e não digo certeza como quem quer me desmascarar, eu estava mesmo certa de tudo aquilo, e era mesmo o melhor lugar que eu poderia estar. Foi aí que eu flertei com a terceira pergunta. Sim, eu morri. Cheguei no hospital com todas as condições para sair de lá com um atestado de óbito, recebi uma enxurrada de mensagens em todas as redes sociais, email, sms, whatsapp e o que mais tiver sobre o quanto eu marquei a vida das pessoas que passaram por mim. Mas aí, por inconformismo e teimosia de um médico, depois de semanas e semanas na UTI, eu voltei.

E se tem uma coisa que eu aprendi com tudo isso, é: dane-se o legado. As pessoas vão mentir, vão sentir culpa, você vai ser elevado a algo especial de qualquer forma.

Releve o depois, você não vai estar aqui. E se você, como eu, tiver a chance de voltar... Bem, essas pessoas vão pouco se importar. Se te faz bem enquanto você está aqui, tá tudo bem (a não sei que você tenha filhos, pq eu não tenho e não falo deste ponto de vista)... c'est la vie, só cuida da sua saúde pra não sofrer enquanto está aqui!

Um beijo,

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Su, obrigada por compartilhar sua história!! Que bom que você voltou! :)

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Jun 10, 2023Gostado por Tatiane Pinheiro Silva

Nossa Tati, mais uma newsletter de sincronia. Acho tão maluco pensar em quantas pessoas passam por situações e têm as mesmas reflexões ao mesmo tempo que nós temos. Isso é bom, dá um certo sentimento de unidade, mesmo com desconhecidos.

No ano passado e nesse começo de ano, tenho pensando muito sobre as minhas raizes. Sempre tive uma relação muito boa com meus pais, uma amizade e companheirismo profundos. Isso fez com que sempre fui muito aberta em relação a críticas a seus comportamentos, e eles sempre foram receptivos.

No ano passado eu me casei, e como eu também moro na França, o casamento também foi aqui. Meus pais são classe baixa, então não teriam como arcar com os custos de uma viagem. E eu não tinha condições de pagar a viagem para eles.

Isso me gerou muita dor, e depois magoa. Eu os culpava por suas escolhas do passado e comportamentos pela situação financeira tão instável.

Meus pais sempre foram muito « vida louca », sem medo de ir de A à Z, sem nem pestanejar. Desde muito cedo, me lembro de olhar/julgar seus comportamentos para fazer diferente na minha vida adulta.

De certa forma, eu tenho conseguido « fazer diferente » em vários aspectos. Mas, depois do casamento, e a mágoa que isso gerou por eles não terem participado, eu comecei a me vigiar constantemente. Todos, literalmente todos, os comportamentos que eu tinha parecidos com eles, mesmo coisas sem importância, eu fazia questão de fazer diferente.

Depois de algum tempo, e de muita reflexão, eu me lembrei que meus pais são pessoas maravilhosas, que eu sou muito parecida com eles, e eu sou muito grata por isso.

Conversei abertamente sobre os meus sentimentos com eles, explicando minha mudança de comportamento dos últimos meses.

Os erros que eles cometeram já estão no passado, e os meus estão no futuro. Provavelmente, eu vou errar igual a eles, ou mais. Eu espero apenas errar diferente.

Fazer as pazes com esse fantasma e abraçá-lo, foi libertador. Hoje posso dizer que minha relação com meus pais está ainda melhor.

Um abraço Tati.

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Anna, querida, muito obrigada por sua partilha!! <3

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Embora a maçã não caia longe da árvore, quando ela cai a sua semente inevitavelmente vai gerar uma nova árvore. Mesmo que estejamos marcados pelos genes e personalidades dos nossos pais (o que eu considero lindo, apesar de pesado!) há algo em nós inegociável e poderoso: o livre arbítrio.

Tenho um orgulho do tamanho do mundo ao acompanhar a sua jornada, minha amiga. Sempre tão fiel aos seus valores, à sua verdade, às suas vontades. Não é fácil bancar e proteger a vida que queremos construir... mas que outra alternativa há?

Te amo, vamos juntas, lado a lado!

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Dez 11, 2023Gostado por Tatiane Pinheiro Silva

Perguntas agora me fez mergulhar em um grande espaço ... está difícil de responder

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De tanto escrever e refletir, tenho conseguido algumas respostas, Daniel! Mas só agora, um bom tempo depois de ter escrito este texto. Obrigada pelo seu comentário!

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