6 minutos para ler esta mensagem, com uma trilha de retorno a si mesma.
É “curioso” quando a gente está tão desconectada de si, que podemos ter um perigo esfregado em nossa cara, e mesmo assim, não enxergar. Ao olhar para trás, vejo como vivi isso em diversos momentos, levando uma vida dupla: meu corpo berrando qualquer mensagem que eu não poderia entender, pois estava ocupada demais fazendo más escolhas para todos os campos da minha vida. Com atenção, se olharmos ao nosso redor, certamente conhecemos pessoas que passam uma existência toda sem se conectar. Uma tristeza só.
Eu me conectei, mas às vezes, ainda me perco de mim. O bom é que eu já sei o caminho para voltar. O meu exercício diário é fazer o chicote descansar, ao me esforçar para ver o copo meio cheio assim.
A jornada para domar, na medida do possível, o estresse, começou quando já era bem tarde, mas ainda não tarde demais. Quando me dei conta, sentia como se estivesse numa bicicleta com o freio quebrado e descendo uma ladeira íngreme, num misto de desespero e falta de ação ao mesmo tempo. Todos os mini exercícios que venho dividindo contigo nas edições passadas (leia aqui a anterior), foram o último sopro de luz que ainda existia na minha mente tamásica, e foram também os degraus ascendentes para que eu pudesse estar aqui te escrevendo hoje.
Agora eu estou bem, numa boa fase. Tanto no trabalho, quanto na vida pessoal. Não posso dizer que estou 100% e com o mesmo pique da minha versão de 2020, que tinha a agenda lotada de clientes, fazia posts diários no Instagram e criou o curso Rotina Saudável em menos de dois meses, tudo ao mesmo tempo. O burnout está explicado, não? Não sou mais a mesma, pois hoje o meu esforço é conseguir ter freio. Estou sempre vigilante e consulto quase diariamente o pacote de ensinamentos que essa fase me proporcionou.
Coisas que aprendi com o burnout (e que valem mais que cardamomo).
Eu amo trabalhar, mas o trabalho é apenas uma parte da minha vida, não a vida inteira. Parece óbvio, mas para mim, é um desafio enorme.
Trabalhar com o que amo é um privilégio nessa sociedade, mas não é suficiente para alimentar a alma. As outras áreas da vida também precisam de atenção constante, caso contrário, a conta deixa de fechar em algum momento.
O problema não é somente trabalhar demais, mas sim, se abastecer de menos do que faz bem para a alma.
A lista de tarefas é interminável, e como o tempo é finito, sempre algo vai ficar de fora. Assim sendo, estou indo com calma, com alma e com constância.
Trabalhar de forma mais eficiente, priorizando as tarefas que vão gerar o maior impacto positivo com o menor esforço mental, emocional e no menor tempo.
Não trabalhar no final de semana ou até mais tarde para compensar um dia que não foi produtivo. A baixa produtividade já demonstra que as coisas não vão bem e o mais inteligente a fazer é descansar, não forçar ainda mais.
Está tudo bem em tirar uma tarde de folga durante a semana, ou participar de qualquer evento social à noite e dormir mais tarde pontualmente. Flexibilidade é chave para uma vida mais leve.
Fazer as pazes com o tédio, com o existir sem a obrigação de criar coisas novas o tempo todo.
Sumir das redes sociais e demorar para responder quem quer que seja, pois entendi que tenho uma bateria social curta e respeitá-la é me respeitar.
Escrevo para não esquecer da sensação de vazio e impotência que este quadro trouxe, e também para marcar o caminho de volta para casa.
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Tudo pra mim esse texto! Está no meu bloco de notas ♥️👏🏻
Adorei o texto! Eu também aprendi tanto com meu burnout em 2020, mas o principal aprendizado foi aceitar que não dá pra fazer tudo. E, se estou sem foco, é melhor parar que me forçar.