Jun 2, 2023·editado Jun 2, 2023Gostado por Tatiane Pinheiro Silva
Me senti rasgada nesse texto. isto porque eu já tenho 10 anos assim, " A intensidade é tamanha que faz a máquina quebrar e mata de fome a constância." "No meu caso, a intensidade no trabalho faz todo o restante da minha vida morrer de fome. E assim eu tenho vivido - de forma insustentável .."
Ainda essa semana falei na terapia: Como reprogramo o meu cérebro? Como reprogramo a minha vida? Eu só queria resetar e fazer tudo diferente. Nos últimos tempos tenho questionado inclusive uma das minhas maiores qualidades (pelo menos é como sou referida) - a RESPONSABILIDADE. Como posso ser tão responsável com tudo o que está fora de mim, e não comigo? Não com tudo que de fato importa ou é saudável e leve para o meu corpo, mente e coração? Não sei. Será que então sou responsável mesmo, só porque entrego o que prometo para o outro por compromisso com o outro, mas não consigo ter o mesmo compromisso comigo? Faz sentido? Não sei também. Tantos projetos comecei, porque acreditava neles com todo o coração, com brilho nos olhos.. e onde se perdeu - falta da constância. Como encontrá-la? Como mantê-la?
Seu texto me atravessou. Melhor (ou pior), me despiu, rs.
Fran, querida! Muito obrigada por dividir comigo. Dê cá um abraço, pois é assim mesmo que eu me sinto todo santo dia. É insustentável, não é? Situações extremas pedem intervenções extremas, na minha opinião. Não enxergo como a gente poderia ir mudando essas nossas características aos pouquinhos, então a sua vontade de reprogramar o cérebro faz todo o sentido para mim e é algo que eu penso constantemente. Por aqui resolvi tirar 3 meses de minisabático para colocar a cabeça no lugar e me reconectar com uma época da vida onde eu era um pouco mais leve. Tenho a impressão de que eu peguei alguma curva errada na vida adulta e endureci para além do que precisava. Virei nas próximas semanas contar mais desse minisabático! Beijos!
Ontem a noite eu pensava justamente sobre a constância.
Temos várias coisas em comum, Tati. Sou arquiteta, anualmente pintora e também já sonhei em ser curadora.
No meu caso, quem faz a minha alma artista morrer de fome é a voz incessante de que tudo que eu faço precisa de uma utilidade. Tenho uma dificuldade imensa de fazer algo pelo simples prazer que aquilo me traz.
Estou comprometida em fazer renascer essa Tatiane que eu já fui um dia! Vou te atualizar pelo whatsapp de coisas que só você, Criativa, vai entender hehe
Grace, que legal saber dessa pós! Eu estou muito tentada a voltar a estudar história da arte, da arquitetura, desenho, todas as coisas que eu a-ma-va na época da faculdade! Lembro de desenhar e esquecer da vida, é o que eu preciso! Vou atualizando vocês por aqui :) Beijos!
Qdo der assista o filme “Nise o coração da loucura” , é com a Glória Pires, tem na HBO MAX daqui, não sei como é por aí… mas no youtube tem o filme inteiro… vc vai curtir =)
Caramba Tati, que reflexão incrível. Eventualmente eu tento pensar coisas como essa, sobre o que eu faria independente de dinheiro, e fico com receio de algo que já te vi mencionar em algum lugar, tipo "monetizar os hobbies".
E isso permeia inúmeras ideias minhas que já morrem no nascedouro, por falta de eu mesma nutri-las...
Sobre monetizar os hobbies, pensei o mesmo: "vixi, será que eu vou voltar a desenhar, me reaproximar da arquitetura e lá vou eu querer monetizar alguma coisa?". Mas estou comprometida comigo mesma a ter momentos na semana de puro ócio e lazer com meus hobbies. Eu, que monetizei o grande hobbie que era estudar Ayurveda, já estou de olho em mim mesma hahaha. Mas sabe que a culpa não é nossa, é do Capitalismo, né? :)
Que texto 🫶🏼 e que pessoa incrível e cheia de surpresas você é!
Quantas Tatiane’s habitam aí dentro?!
Sobre sua pergunta, vou ficar aqui refletindo um tanto mais sobre o que seria. Mas minha resposta inicial veio como: aprimorar o meu viver. Acho que são tantas mudanças que passei num curto espaço de tempo que imagino que, por hora, seja uma das únicas opções que podem trazer certa leveza, já que posso fazer de onde estiver.
Mais uma surpresa: houve uma época da minha vida que eu desenhava minhas próprias roupas e mandava a costureira fazer hahaha. Como te disse, eu sou o próprio personagem do filme Fragmentado, com a diferença que eu não sou sociopata hahahaha!
Sobre o aprimorar o seu viver, faz todo o sentido, pois mesmo dinheiro não sendo uma questão mais, a gente vai seguir vivendo todos os dias. No meu minisabático que se aproxima, essa temática está incluída também! Claro que do meu jeitinho capricorniano de ser, com muitos templates de Notion para automatizar as coisas e sobrar mais tempo para descansar e ter lazer! :)
Ahhh como amei essa edição. Comecei sentindo uma troca invisível entre nossos momentos de vida e terminei como mais gosto, me questionando. Acho que tirando o lado do dinheiro minhas ocupações (ler para escrever, escrever para ler) não seriam tão diferentes, mas ao mesmo tempo tenho dúvidas se elas teriam a mesma constância – porém certamente gerariam menos ansiedade no processo!
Elogio seu vale em dobro por aqui, vc sabe! E aí a gente vê como o dinheiro, esse recurso tão abundante, mas mal dividido, mata a gente aos poucos. Enquanto passeava pelas galerias do Guggenheim me perguntava quantos artistas incríveis nunca puderam expressar seus dons, pois saem de casa às 6h e voltam às 23h! A ânsia pelo sustento acaba com qualquer leveza que a vida pede!
Amei o texto, Tati! Mais uma vez me inspirou demais. Essa reflexão que vc deixou ao final foi tão profunda que virará a próxima edição lá da news. Vc tem um dom incrível nas palavras. Obrigada!
“Como alguém pode ter isso dentro de si e simplesmente jogar fora?” essa frase resume muito do que venho pensando e reavaliando há um ano na minha vida. Quando a gente chega nos 40, uma grande parte da vida já está posta. A gente continua sonhando, planejando, programando, porém, tem o caminho que já foi percorrido, que nos levou onde estamos e que não dá pra apagar. Entre erros e acertos, a gente recalcula rotas e continua. Mas o meu recalcular foi justamente procurar o que tinha dentro de mim que eu joguei fora e que me faz falta. Até porque muita coisa que joguei fora, me fez bem também! rs
Tati, muito interessante saber que você tem isso dentro de si. Sempre me identifiquei com você de várias formas e agora mais essa das artes plásticas. Seu texto me fez pensar nessas relações de trabalho e intensidade. De uns tempos para cá, parece que tenho tido inúmeros interesses, inclusive no trabalho, e por isso não consigo relaxar para me aprofundar em nenhum. Sinto que o mundo tem cobrado isso também, principalmente com quem trabalha nas redes. O ritmo de produção não condiz com o ritmo da necessidade de aprofundamento nas coisas e afazeres diários e muita coisa vai ficando para trás. Isso é bem triste, espero que consigamos reverter isso de alguma forma.
Oi, querida, obrigada pelo seu comentário! Pois é, eu sinto que trabalhar aqui no digital vai sempre ser assim: um volume de mudanças humanamente impossível de acompanhar e só vai se destacar, ser realmente bom em algo, quem conseguir parar, respirar e focar em uma só direção. É interessante ser generalista, saber um pouco de tudo e saber se virar. Mas isso é, ao menos na minha opinião, apenas uma primeira camada, que não se sustenta no longo prazo pela questão financeira. Enfim, eu venho me questionando muuuuuito se quero mesmo continuar trabalhando no digital (ao que tudo indica, não!). Boa sorte para nós nesses questionamentos. Beijos!
Me senti rasgada nesse texto. isto porque eu já tenho 10 anos assim, " A intensidade é tamanha que faz a máquina quebrar e mata de fome a constância." "No meu caso, a intensidade no trabalho faz todo o restante da minha vida morrer de fome. E assim eu tenho vivido - de forma insustentável .."
Ainda essa semana falei na terapia: Como reprogramo o meu cérebro? Como reprogramo a minha vida? Eu só queria resetar e fazer tudo diferente. Nos últimos tempos tenho questionado inclusive uma das minhas maiores qualidades (pelo menos é como sou referida) - a RESPONSABILIDADE. Como posso ser tão responsável com tudo o que está fora de mim, e não comigo? Não com tudo que de fato importa ou é saudável e leve para o meu corpo, mente e coração? Não sei. Será que então sou responsável mesmo, só porque entrego o que prometo para o outro por compromisso com o outro, mas não consigo ter o mesmo compromisso comigo? Faz sentido? Não sei também. Tantos projetos comecei, porque acreditava neles com todo o coração, com brilho nos olhos.. e onde se perdeu - falta da constância. Como encontrá-la? Como mantê-la?
Seu texto me atravessou. Melhor (ou pior), me despiu, rs.
Nem sei se te agradeço ou se choro.
PS.: Admiro seu trabalho.
Fran, querida! Muito obrigada por dividir comigo. Dê cá um abraço, pois é assim mesmo que eu me sinto todo santo dia. É insustentável, não é? Situações extremas pedem intervenções extremas, na minha opinião. Não enxergo como a gente poderia ir mudando essas nossas características aos pouquinhos, então a sua vontade de reprogramar o cérebro faz todo o sentido para mim e é algo que eu penso constantemente. Por aqui resolvi tirar 3 meses de minisabático para colocar a cabeça no lugar e me reconectar com uma época da vida onde eu era um pouco mais leve. Tenho a impressão de que eu peguei alguma curva errada na vida adulta e endureci para além do que precisava. Virei nas próximas semanas contar mais desse minisabático! Beijos!
Ontem a noite eu pensava justamente sobre a constância.
Temos várias coisas em comum, Tati. Sou arquiteta, anualmente pintora e também já sonhei em ser curadora.
No meu caso, quem faz a minha alma artista morrer de fome é a voz incessante de que tudo que eu faço precisa de uma utilidade. Tenho uma dificuldade imensa de fazer algo pelo simples prazer que aquilo me traz.
Dani, quantas coisas em comum! Realmente essa sensação de ter que ser produtiva acaba com qualquer talento e leveza!
Mulher, que artista talentosa que é você?! Mais uma descoberta... concordo com o marido: traz isso pra fora, que coisa mais linda de ver! <3
Estou comprometida em fazer renascer essa Tatiane que eu já fui um dia! Vou te atualizar pelo whatsapp de coisas que só você, Criativa, vai entender hehe
Já quero saber! <3
não esquecer JAMAIS do que nos deixa feliz e nos faz completo <3 adorei o texto
Que bom que gostou! :)
Me identifiquei!!! heheh... e Tati! volte a desenhar! =)))
Fiz pós em Arteterapia... e a Arte é transformadora na nossa vida... recorra ao desenho qdo algo a incomodar aí dentro.... ajuda MUITO!!!
e agradeço pelo texto e reflexão! adoro seus conteudos! <3
Grace, que legal saber dessa pós! Eu estou muito tentada a voltar a estudar história da arte, da arquitetura, desenho, todas as coisas que eu a-ma-va na época da faculdade! Lembro de desenhar e esquecer da vida, é o que eu preciso! Vou atualizando vocês por aqui :) Beijos!
Qdo der assista o filme “Nise o coração da loucura” , é com a Glória Pires, tem na HBO MAX daqui, não sei como é por aí… mas no youtube tem o filme inteiro… vc vai curtir =)
Opa, vou procurar. Obrigada, Grace!!
Que quentinho no coração esse texto! E quanta identificação com suas palavras e questionamentos... Obrigada, Tati! 🙏❤️
Que bom que gostou, Ana! :)
Caramba Tati, que reflexão incrível. Eventualmente eu tento pensar coisas como essa, sobre o que eu faria independente de dinheiro, e fico com receio de algo que já te vi mencionar em algum lugar, tipo "monetizar os hobbies".
E isso permeia inúmeras ideias minhas que já morrem no nascedouro, por falta de eu mesma nutri-las...
Sobre monetizar os hobbies, pensei o mesmo: "vixi, será que eu vou voltar a desenhar, me reaproximar da arquitetura e lá vou eu querer monetizar alguma coisa?". Mas estou comprometida comigo mesma a ter momentos na semana de puro ócio e lazer com meus hobbies. Eu, que monetizei o grande hobbie que era estudar Ayurveda, já estou de olho em mim mesma hahaha. Mas sabe que a culpa não é nossa, é do Capitalismo, né? :)
Obrigada pelo texto!
Obrigada por ter lido! :)
Que texto 🫶🏼 e que pessoa incrível e cheia de surpresas você é!
Quantas Tatiane’s habitam aí dentro?!
Sobre sua pergunta, vou ficar aqui refletindo um tanto mais sobre o que seria. Mas minha resposta inicial veio como: aprimorar o meu viver. Acho que são tantas mudanças que passei num curto espaço de tempo que imagino que, por hora, seja uma das únicas opções que podem trazer certa leveza, já que posso fazer de onde estiver.
Mais uma surpresa: houve uma época da minha vida que eu desenhava minhas próprias roupas e mandava a costureira fazer hahaha. Como te disse, eu sou o próprio personagem do filme Fragmentado, com a diferença que eu não sou sociopata hahahaha!
Sobre o aprimorar o seu viver, faz todo o sentido, pois mesmo dinheiro não sendo uma questão mais, a gente vai seguir vivendo todos os dias. No meu minisabático que se aproxima, essa temática está incluída também! Claro que do meu jeitinho capricorniano de ser, com muitos templates de Notion para automatizar as coisas e sobrar mais tempo para descansar e ter lazer! :)
Ahhh como amei essa edição. Comecei sentindo uma troca invisível entre nossos momentos de vida e terminei como mais gosto, me questionando. Acho que tirando o lado do dinheiro minhas ocupações (ler para escrever, escrever para ler) não seriam tão diferentes, mas ao mesmo tempo tenho dúvidas se elas teriam a mesma constância – porém certamente gerariam menos ansiedade no processo!
Elogio seu vale em dobro por aqui, vc sabe! E aí a gente vê como o dinheiro, esse recurso tão abundante, mas mal dividido, mata a gente aos poucos. Enquanto passeava pelas galerias do Guggenheim me perguntava quantos artistas incríveis nunca puderam expressar seus dons, pois saem de casa às 6h e voltam às 23h! A ânsia pelo sustento acaba com qualquer leveza que a vida pede!
Amei o texto, Tati! Mais uma vez me inspirou demais. Essa reflexão que vc deixou ao final foi tão profunda que virará a próxima edição lá da news. Vc tem um dom incrível nas palavras. Obrigada!
Obrigada a vc por estar aqui, Carol! :)
“Como alguém pode ter isso dentro de si e simplesmente jogar fora?” essa frase resume muito do que venho pensando e reavaliando há um ano na minha vida. Quando a gente chega nos 40, uma grande parte da vida já está posta. A gente continua sonhando, planejando, programando, porém, tem o caminho que já foi percorrido, que nos levou onde estamos e que não dá pra apagar. Entre erros e acertos, a gente recalcula rotas e continua. Mas o meu recalcular foi justamente procurar o que tinha dentro de mim que eu joguei fora e que me faz falta. Até porque muita coisa que joguei fora, me fez bem também! rs
Amei esse texto!
Tati, muito interessante saber que você tem isso dentro de si. Sempre me identifiquei com você de várias formas e agora mais essa das artes plásticas. Seu texto me fez pensar nessas relações de trabalho e intensidade. De uns tempos para cá, parece que tenho tido inúmeros interesses, inclusive no trabalho, e por isso não consigo relaxar para me aprofundar em nenhum. Sinto que o mundo tem cobrado isso também, principalmente com quem trabalha nas redes. O ritmo de produção não condiz com o ritmo da necessidade de aprofundamento nas coisas e afazeres diários e muita coisa vai ficando para trás. Isso é bem triste, espero que consigamos reverter isso de alguma forma.
Obrigada pela partilha, mais uma vez!
Oi, querida, obrigada pelo seu comentário! Pois é, eu sinto que trabalhar aqui no digital vai sempre ser assim: um volume de mudanças humanamente impossível de acompanhar e só vai se destacar, ser realmente bom em algo, quem conseguir parar, respirar e focar em uma só direção. É interessante ser generalista, saber um pouco de tudo e saber se virar. Mas isso é, ao menos na minha opinião, apenas uma primeira camada, que não se sustenta no longo prazo pela questão financeira. Enfim, eu venho me questionando muuuuuito se quero mesmo continuar trabalhando no digital (ao que tudo indica, não!). Boa sorte para nós nesses questionamentos. Beijos!