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Logo eu, que sempre me considerei bastante individualista, passei a enxergar como menosprezo o que dou conta para poder me sentir mais adequada. Cresci ouvindo que sou "bicho do mato" e que não gosto de gente, então o ato de socializar acabou sempre entrando na minha interminável lista de tarefas, mesmo quando eu não tenho energia emocional sobrando para mim mesma. Se você me acompanha há mais tempo, sabe como eu sou focada e dedicada ao trabalho e por isso, não é raro eu querer me isolar, de tempos em tempos, para desenvolver novos projetos que demandam concentração. E em muitos destes momentos falei “sim”, quando dentro de mim a resposta era “não”.
Voltei do Brasil na semana passada e muita coisa deixou de ser feita, muitas pessoas queridas deixaram de ser vistas. Muitos "nãos" tiveram de ser ditos. Falar e ouvir "não" é sempre desagradável. Dessa vez não foi por indisponibilidade emocional, mas pela simples matemática do limite de tempo. Revi amigos queridos e que fazem parte da minha rotina mesmo com um oceano de distância. Foi ótimo e ao mesmo tempo muito corrido, mas não foi desgastante. Eu fiz o que quis e pude, tendo sono, descanso e alimentação de qualidade.
A lei da oferta e demanda nos obriga a aumentar o passe do nosso bem mais precioso e limitado: o tempo. Quando se tem em mãos algo tão escasso, priorizar e usar com sabedoria é o único caminho.
Prioridade não aceita muitos plurais.
Quando alguém me diz que voltou de viagem se sentindo mal, eu automaticamente ouço: "Priorizei os passeios, comidas típicas e vida noturna e deixei de lado o que sei que me faz bem".
Quando alguém me diz que não conseguiu finalizar as aulas do meu curso, eu automaticamente ouço: "Não priorizei os aprendizados do seu curso ao longo do ano, dei mais atenção à outras frentes".
Quando alguém me diz que não consegue manter uma alimentação mais equilibrada por ter vida social intensa, eu ouço: “Estar com meus amigos é mais importante do que minha saúde”. E assim por diante.
Você pode ter feito tudo acima por pura escolha própria, mas também pode ter feito por escolha dos outros.
Isso não é um julgamento, é um fato quase matemático:
O tempo é finito e você só colherá o que priorizou plantar.
O que de fato é importante? Essa pergunta deve estar colada no espelho, para nos questionarmos diariamente.
Não sabemos o que queremos, o que precisamos e assim acabamos absorvendo as demandas e desejos alheios. Quantas vezes, ao longo do ano, você é roubada de si mesma?
Todo mundo tem pepinos e muita gente está só esperando você abrir os braços para lhe jogar alguns dos seus.
Quando não escolhemos, os outros escolhem por nós. E a habilidade de priorizar o que é bom para si anda de mãos dadas com os “nãos” que precisamos falar e com a coragem de desagradar.
Sua vez:
Como está a sua coragem de desagradar, o equilíbrio entre os “nãos” que você diz aos outros e os “sims” que diz a si mesma?
O que é fundamental e inegociável para você? Há algo nesta lista que vem sendo negligenciado?
Se você mantiver as suas escolhas de hoje, em 10 anos viverá a vida que deseja?
Faça um bom fim de semana!
Beijos,
Tati
Incrível também que o "não" se torna um filtro e mantém nas nossas vidas apenas quem nos entende e aceita verdadeiramente. Os que só nos querem para benefício próprio se afastam, e sinceramente? VÁ COM DEUS MEU CHAPA! kkkkkkkkkk
Extremamente necessário.