Antes de começarmos, duas coisas importantes:
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Qual dia você gostaria que esta newsletter chegasse à sua caixa de entrada? Sexta-feira é um bom dia? Responde aqui embaixo, por favor. :)
A bebedeira que você sabe que vai resultar em enxaqueca, o prato de brigadeiro que vai fazer o intestino travar e o PF cheio de frituras que certamente terminará em azia. Estes não são os responsáveis diretos do nosso mal-estar: são apenas consequência de uma falta. Em muitos dias, para não falar todos, a gente faz falta para a gente.
Seja quando nos negamos quantidade de sono adequada, alimentação natural, um pouquinho de calma, o tempo de respirar para se ouvir e se respeitar. Seja a ausência emocional que os familiares e os mais próximos exercem ou já exerceram um dia. Seja a falta que nosso sistema econômico e governos fazem, ao negarem, a enorme parte da população do mundo, as necessidades básicas que qualquer ser humano deveria ter.
Quando vivemos em falta, acabamos nos acostumando com áreas da nossa vida sempre transbordando, e dificilmente de forma positiva.
Se você não leu a newsletter passada, aconselho que o faça antes de continuar. Você precisa do primeiro passo, antes de dar o próximo que segue logo mais.
A sua lista de insatisfações, os excessos que estão difíceis de suportar, muitas vezes podem ter somente uma origem: a falta que você faz para si mesma. Se você estivesse lá, prestando atenção, poderia esbravejar: “Nananinanão! Sai para lá, excesso, aqui você não tem vez!” Mas como você não estava lá, ele chegou e te dominou.
O que está pesando aí? Quais são os seus excessos? Quais temas apareceram no exercício da newsletter passada?
Como você acompanhou, eu precisei me afastar do trabalho em dezembro do ano passado e só retornei no final de abril deste. O meu ritmo se tornou tão insustentável, ao ponto de eu simplesmente não conseguir funcionar mais. Sabe quando o motor do carro é forçado demais e funde? Pois é, era esse o meu estado.
Ainda no ano passado comecei a fazer o primeiro exercício que te propus na mensagem da semana passada: passei a mapear tudo que me gerava irritação, tristeza e ansiedade. Tudo aquilo que causava insatisfação de forma tão gritante, que era até verbalizado. “Não tenho espaço suficiente para guardar os utensílios de cozinha, que droga de espaço apertado!”. “Estou cansada hoje, pois fui acordada no meio da noite pelo vizinho barulhento, que saco! Preciso trabalhar e estou aqui igual a um zumbi. Vizinho maldito!”. “Olha essa montanha de mensagens para responder, com perguntas que estão escritas no post/ aula!”. “Porque as pessoas inventam festa de aniversário durante a semana à noite? Ninguém trabalha cedo na manhã seguinte não?”
E aí eu amortecia toda essa insatisfação com pizza e macarronada cheia de queijo tarde da noite, barra inteira de chocolate durante a tarde, mais refeições que meu Agni dava conta de digerir. O meu amortecimento sempre pende para a comida. Cada um se amortece como bem entende!
Ninguém se machuca à toa. Eu não estava lá para ver que estava tão sobrecarregada, que o meu copinho já estava tão cheio, que até uma cozinha pequena me fazia transbordar em insatisfação de forma desmedida.
É um mecanismo que se constrói de forma lógica e somente com lógica podemos reduzi-lo.
O segundo passo que dei, e aqui fica o exercício para seu final de semana, foi rastrear a origem destas reclamações. Ou seja, mapear os acontecimentos que me levaram a não tolerar a cozinha pequena, a ficar tão irritada com os convites da vida social, e os demais pontos mapeados. E as respostas que encontrei para cada ponto foi um só: cansaço. Não físico, afinal, eu passava 14 horas do dia sentada no meu escritório. Cansaço emocional e mental. Você pode encontrar outras respostas além dessa, depende das relações e dinâmicas da sua vida.
O roteiro que segui, e que sugiro que você siga como segundo passo é simples: você pega a insatisfação e se pergunta o motivo dela. Aí você pega a resposta que você encontrar, e questiona o seu motivo, até você chegar a um ponto que não tenha mais perguntas a fazer: você ficará com um problema nas mãos.
Por quê a cozinha pequena era um problema tão grande? Porquê eu só queria ter um momento de relaxamento (para quem não sabe, eu amo amo amo cozinhar) no final do dia, e a cozinha não colaborava.
E agora é a sua vez. Você já mapeou na semana passada o que está pesado demais, agora é hora de ir atrás da origem, do problema “verdadeiro”. Este exercício parece besta, óbvio e até raso, não? Pois, acredite: ele é fundamental. Eu jurava que o problema era a cozinha e a história terminaria aí, com a cozinha sendo a vilã.
Você já tem trabalho de autoconhecimento para a semana toda. Se sentir, divide o que anda descobrindo de si mesma nos comentários, para continuarmos o papo.
Até a próxima semana!
Faça um bom fim de semana.
Beijos,
Tati.
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Muito bom voltar a te ler! Estava precisando desse exercício (e acho que estamos todos, nessa sociedade do cansaço)... Obrigada por compartilhar!
Exercício excelente! Já estou fazendo! Mas são tantas insatisfações...